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Rossi admite mudança no projeto do Código Florestal
Sertãozinho, (AE) - O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, admitiu na última sexta-feira (10) que o projeto de lei que altera o Código Florestal brasileiro deverá ter mudanças em relação ao que propõe o relator Aldo Rebello (PCdoB), diante das pressões do setor ambiental, principalmente dentro do governo.
“Alguns setores do meio ambiente, inclusive do governo, acham que pode haver aperfeiçoamento e não sou contra; acho que podem ser incluídas (mudanças) em uma última versão, com a participação do deputado Aldo e dos setores envolvidos, sejam ruralistas ou ambientalistas, para permitir a forma perfeita”, disse o ministro.
Rossi disse ter conversado com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e com o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), e que ambos disseram estar acordada a votação da urgência para o parecer de Rebelo na próxima semana. “Votada a urgência, o tema passa a ser prioritário, mas estamos no final do processo legislativo e não é fácil incluir votação nova, por isso o tema será prioridade no próximo ano.”
Nesta sexta-feira (10), antes de participar de um evento do setor sucroenergético em Sertãozinho (SP), o ministro almoçou com representantes da Sociedade Rural Brasileira (SRB), entidade defensora das mudanças feitas por Rebelo, relator da Comissão Especial criada na Câmara para alterar o Código Florestal. Entre as mudanças está a anistia a possíveis punições previstas a agricultores que possuem reservas legais menores que as previstas em lei, bem como a inclusão de áreas de preservação permanente no cálculo dessas reservas.
Dois dias depois de ser reconfirmado no cargo, Rossi disse que tem feito consultas ao setor produtivo para o seu próximo mandado. “Não pretendo ser dono da verdade e quero com o setor produtivo discutir as oportunidades e ouvir as demandas, sugestões”, disse.
