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09/12/2010

Reserva Legal é inútil, diz Kátia Abreu

A senadora Kátia Abreu(DEM-TO) levantou um assunto no mínimo polêmico. Deve dar o que falar. Ela, que também é presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), disse que a reserva legalnas fazendas tem finalidade “apenas paisagística.”  Mais: Kátia Abreu classificou a reserva legal como um corpo estranho na propriedade que afeta o lucro.

Ela, que esteve em Cancún para a Conferência do Clima da ONU (COP-16), defendeu a separação das unidades de produção e de conservação. Veja o que Kátia disse ao Portal do Estadão: “Se eu coloco um corpo estranho numa unidade de produção econômica, atrapalho essa engrenagem.” Segundo a senadora, a preservação deve se dar em parques nacionais, estaduais e municipais. “Se eu começo a fazer unidade de produção dentro do parque também vai ser um corpo estranho.”

Como é sabido a reserva legal varia de 20% a 80% do tamanho da propriedade. Na Mata Atlânticaé de 20%; na Amazônia, de 80%.

Pode-se discordar ou não da senadora – aliás, surpreendentemente, foram poucas as reclamações acerca dessas suas recentes opiniões -, mas ela continua manifestando de forma cristalina e firme as suas posições.

Paulo Prado, da ONG Conservação Ambiental, discorda da senadora. Para ele, as reservas legais são importantes para a absorção e produção de água e para a sobrevivência das espécies. O ex-ministro do Meio Ambiente Carlos Minc igualmente manifestou-se contrário à posição de Kátia Abreu. Disse ainda que a presidente eleita Dilma Rousseff assumiu compromisso de vetar lei que reduza reserva legal e também APPs.

Outra novidade de hoje: o deputado Aldo Rebelo(PT-SP), acredita que as mudanças no Código Florestal devem ser votadas ainda neste ano. Ele é o relator do Código. Segundo Rebelo, no máximo no primeiro semestre de 2011, porque está em vigor um decreto do presidente Lula e do ex-ministro Minc que adia somente até julho a entrada em vigor dos aspectos mais preocupantes da atual legislação. O deputado avisou que se acabar a vigência desse decreto sem alterações a agricultura brasileira “vai viver um caos”.



fonte: Globo Rural
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